sábado, 9 de agosto de 2014

Dia Interamericano de Qualidade do Ar





Você sabia que cerca de 100 milhões de pessoas em cidades latino-americanas respiram um ar que não atende aos padrões de qualidade estabelecidos pela Organização Mundial de Saúde (OMS)?
E que outras 123 milhões de pessoas, nos Estados Unidos e Canadá, sofrem com um ar que não alcança os níveis de qualidade estabelecidos pela legislação desses países?

A Organização Mundial da Saúde calcula que uma a cada oito mortes no mundo é causada pela exposição ao ar poluído.

Por esse motivo, a Associação Interamericana de Engenharia Sanitária e Ambiental – AIDIS criou o Dia Interamericano de Qualidade do Ar a ser celebrado, todos os anos, em 9 de agosto, para conscientizar a população sobre a questão da contaminação atmosférica e seus efeitos sobre a saúde pública.

A data foi lançada oficialmente em 2002 em solenidades simultâneas em 32 países da América Latina e Caribe. No Brasil, o lançamento foi feito pelo próprio presidente da AIDIS, Carl-Axel P. Soderberg, durante o evento de apresentação do relatório 'Agenda 21 em São Paulo'.

Na Região Metropolitana de São Paulo, as ações de controle exercidas pela Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental – CETESB promoveram o decréscimo das concentrações de poluentes a partir de 1997, mas estas ainda permanecem acima dos padrões legais.

Os principais poluidores do ar são veículos que lançam uma carga de 1.691,2 mil toneladas de monóxido de carbono por ano na atmosfera, excedendo o padrão de qualidade, especialmente no inverno. Também no caso do ozônio, os padrões são frequentemente ultrapassados.

O objetivo da AIDIS é de estimular o debate em torno desse tema, que envolve questões como as emissões veiculares e industriais, mudanças climáticas, camada de ozônio e outras, que têm sido tratadas em vários congressos da entidade.

De acordo com a OMS, cientistas conseguiram fazer uma análise detalhada dos riscos à saúde a partir de uma distribuição demográfica mais ampla, incluindo áreas rurais e urbanas. A pesquisa, divulgada em março deste ano, revela uma forte ligação entre a poluição do ar e doenças respiratórias, do coração, derrames e câncer.

A OMS calcula que a poluição do ar em ambientes fechados foi relacionada a mais de 4,3 milhões de mortes. Esses casos estavam ligados ao uso de fogões de biomassa, carvão e madeira para cozinhar.

No caso da poluição em áreas abertas, o levantamento da OMS fala em 3,7 milhões de mortes em áreas rurais e urbanas.

Como a maioria das pessoas está exposta ao ar poluído em locais internos e abertos, as taxas de mortalidade não podem ser somadas e por isso, a OMS chegou à média de 7 milhões de mortes em 2012.

Os países do sudeste asiático e do Pacífico tiveram os maiores números de mortes relacionadas à poluição do ar, com quase 6 milhões de casos.

Em todo o mundo, 40% das pessoas que morreram pela poluição do ar em ambientes abertos sofreram doenças do coração; outros 40% tiveram derrame. Entre as outras causas de mortes, estão doença pulmonar obstrutiva crônica, câncer de pulmão e infecção respiratória aguda em crianças.

Já os pacientes que morreram em consequência da poluição do ar em ambientes fechados tiveram principalmente derrame (34%), doenças do coração (26%), e do pulmão (22%).

Segundo a diretora do Departamento de Saúde Pública da OMS, Maria Neira, os riscos do ar poluído são bem maiores do que o previsto, em especial nos casos de doenças do coração e derrames. Para Neira, a evidência mostra a necessidade de ação combinada para a limpeza do ar que respiramos.

A OMS lembra que a poluição excessiva do ar geralmente está ligada a políticas insustentáveis nos setores de transportes, energia, gestão de resíduos e indústrias.

Como podemos melhorar a qualidade do ar?

- Procure fazer pequenos trajetos a pé ou de bicicleta e deixe o carro na garagem, apenas para longas distâncias; 

- Tente usar os transportes coletivos, como ônibus ou metrô na sua cidade, assim além de poluir menos, você diminui os congestionamentos; 

- Divida o carro com amigos e conhecidos se vocês forem ao mesmo destino ou a lugares próximos. Além de economizar gasolina, você ainda viaja na companhia de quem gosta; 

- Opte por veículos movidos a álcool, biodiesel ou modelos bicombustíveis (carros flex); 

- Prefira eletrodomésticos que economizem energia elétrica; 

- Faça sempre revisões no seu carro, para evitar desperdício de combustível.



Fonte: Envolverde, ONU, Ambiente Brasil

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