Vida! Isso mesmo, até peixes ameaçados de extinção vivem nesses pequenos e poluídos locais, confira abaixo na notícia publicada no Portal Amazônia:
Você já pensou na possibilidade de existir peixes em igarapés degradados como os de Manaus? Pois segundo o biólogo e pesquisador do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa) Jansen Zuanon, é possível sim. Entre as espécies encontradas os tamoatás são os mais abundantes, mas algumas espécies de acarás da várzea e mesmo espécies exóticas (de outros países ou continentes), como a tilápia também estão presentes nos igarapés poluídos da capital do Amazonas.
De acordo com Zuanon ainda há nascentes de igarapés em Manaus em boas condições dentro de fragmentos florestais. O pesquisador disse que é preciso ter uma política pública agressiva para proteger essas áreas. Ele explicou que quando os igarapés são degradados a maior parte das espécies nativas é exterminada e, às vezes, não resta nenhuma espécie de peixe no local.
As espécies que geralmente são encontradas em igarapés fortemente poluídos e degradados não são nativas dos próprios igarapés, mas sim de outros tipos de ambientes, como várzeas. O pesquisador afirmou que as espécies de várzea (ambientes de águas barrentas) invadem os igarapés porque conseguem lidar melhor com a grande quantidade de matéria orgânica ali existente e com as demais condições ambientais predominantes, como baixa concentração de oxigênio dissolvido e substratos mais lamacentos ao invés de arenosos.
O potencial dos igarapés poluídos da cidade é promissor também no meio acadêmico. Segundo o pesquisador, o estudo de igarapés como modelo ecológico tem-se revelado muito interessante. São pequenos corpos d’água onde se consegue delimitar trechos para estudo, estabelecer mensurações adequadas e ter uma boa estimativa da diversidade de fauna e flora existente no ambiente. “É um ambiente muito promissor para se desenvolver pesquisas ecológicas. Além do mais, os igarapés fazem parte do cotidiano das pessoas que vivem na Amazônia, que entendem a necessidade da preservação desse tipo de ambiente”, disse.
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