A Diretoria de Bem-Estar Animal da Secretaria Municipal de Saúde de Florianópolis, capital de Santa Catarina, já realizou microchipagem em 109 cães e gatos nesta segunda e terça-feiras, os primeiros dias da ação subsidiada pela Prefeitura de Florianópolis na Tapera e Região.
De acordo com o Diretor de Bem-Estar Animal, João Eduardo Cavallazzi, por tratar-se de uma técnica de identificação bastante recente sua equipe encontrou resistência junto aos proprietários de animais domésticos de baixa renda beneficiados pela iniciativa. “As pessoas acham que é feito um procedimento cirúrgico, que é colocado uma bateria no animal, e não tem nada a ver”, comentou João Eduardo.
Ele esclarece que a colocação do microchip é uma injeção subcutânea, ou seja, embaixo da pele, na parte de cima do animal, e demora aproximadamente 15 segundos. Além disso, a microchipagem é exigida pela lei complementar municipal nº 383/10, cujo cumprimento está sendo ampliado com esta ação em andamento no Sul da Ilha e outras já programadas para acontecer na cidade.
É que, na gestão anterior, a Diretoria do Bem-Estar Animal limitava-se a efetuar a microchipagem apenas nos cães e gatos abandonados que eram encontrados e naqueles que eram retirados das residências em razão de maus-tratos. De agora até o dia 31 de dezembro, os proprietários de animais domésticos que comprovarem renda bruta mensal de até três salários mínimos serão contemplados com o serviço.
Mas, ainda segundo o Diretor do Bem-Estar Animal, o critério vai mudar a partir de 1º de janeiro, passando a beneficiar somente donos de cães e gatos com renda bruta mensal inferior a um salário mínimo e meio. “Não queremos restringir. Queremos fazer com que o benefício chegue a quem realmente tem necessidade”, justificou, informando ainda que vai ser dado prazo de um ano para os proprietários de melhor condição social se enquadrarem à lei complementar municipal nº 383/10, sob pena de receberem multas no valor de R$ 30,00, por animal.
Ação inédita - A ação inédita que está sendo realizada na Tapera e Região vai até a próxima quinta-feira (26), no Conselho Comunitário da Tapera, à rodovia Açoriana, 1.228. O bairro foi escolhido para deflagrar o trabalho devido ao grande volume de animais semidomiciliados - que têm donos, mas transitam livremente pela área.
A expectativa é a de que, neste primeiro momento, 400 cães e gatos recebam microchip contendo seu prontuário médico-veterinário, bem como os dados de identificação e localização do proprietário. A medida vai facilitar a devolução dos animais, em caso de perda ou fuga. Bem como saber quem são seus responsáveis, diante de situações de abandono, o que é proibido pela lei municipal nº 94/2001.
Para serem beneficiados, os proprietários dos animais devem ser munícipes de Florianópolis, e, em virtude disso, precisam apresentar fotocópia do comprovante de residência e do CPF.
Já está definido que as próximas microchipagens atenderão Canasvieiras e Campeche e Regiões, nas últimas semanas de outubro e novembro, respectivamente.
Censo - Ainda na Tapera, a Diretoria do Bem-Estar Animal está realizando o seu primeiro censo para traçar o perfil dos donos dos cães e gatos de estimação. O órgão quer ter a dimensão, por exemplo, de quantos animais cada família possui, se eles são levados regularmente ao veterinário, se são ou não castrados e se já receberam algum tipo de vacina.
“Queremos saber em que os proprietários estão falhando”, adiantou João Eduardo, preocupado em embasar uma ação educativa a ser desenvolvida junto às escolas municipais em parceria com a Secretaria da Educação e a Guarda Municipal. Além disso, tanto o censo quanto a ação educativa contarão com apoios do Grupo Especial de Defesa dos Direitos dos Animais (GEDDA) do Ministério Público Estadual e do Instituto Ambiental ECOSUL, uma organização sem fins lucrativos que tem por missão promover e difundir a preservação ambiental e o bem-estar animal em Santa Catarina.
Fotografia: Petra Mafalda / Divulgação
Encontrado em: http://www.noticiaanimal.com.br/viewpost.php?idpost=1985
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