No dia 5 de novembro uma barragem de rejeitos de minérios da mineradora SAMARCO se rompeu e destruiu os distritos de Bento Rodrigues e Paracatu de Baixo na cidade de Mariana (MG). Desde então as buscas por sobreviventes, a preocupação com as famílias atingidas e, lógico, com os danos causados ao meio ambiente tem sido notícias constantes nos noticiários nacionais, redes de solidariedade foram montadas e compartilhadas pelas redes sociais e, mais uma vez, o povo brasileiro mostrou (e continua mostrando) seu lado humano e solidário.
A situação das famílias atingidas vem sendo acompanhada de perto pelo Ministério Público, bem como as investigações sobre o que pode ter causado o rompimento da barragem, exatos quinze dias depois não se tem informações sobre as causas do rompimento. O IBAMA, Feam e outros órgãos do meio ambiente estão investigando os danos ambientais e aplicando multas à empresa. Esse já é considerado o maior desastre ambiental do Brasil e um dos maiores do mundo no que diz respeito a mineração.
Dentre tantas notícias ruins que envolvem esse desastre, uma em particular diz respeito a morte do Rio Doce e, consequentemente, muitas de suas espécies. Uma lama tóxica está no leito do rio prejudicando o fornecimento de água em várias cidades e colocando em risco o ecossistema da região. Para salvar o maior número de espécies possível da fauna do rio foi criado o projeto "Arca de Noé" em Colatina (ES), pescadores, biólogos, ambientalistas e ONGs em parceria com o IBAMA iniciaram uma corrida contra o tempo e retiraram das águas e margens do Rio Doce várias espécies de peixes e crustáceos que serão levados para tanques e só serão devolvidos para o rio quando a lama tóxica estiver passado. Há muitas espécies raras ou endêmicas (que só existem naquela região), como o cascudo pintado, por exemplo.
A lama já percorreu 853Km e hoje chegou à Linhares, última cidade antes de Regência, onde o rio encontra o mar. Na praia de Regência profissionais do Projeto Tamar já retiraram ovos de tartarugas para evitar contaminação. O IBAMA determinou que a empresa crie planos e estratégias para que a lama não chegue ao mar. Ambientalistas estão preocupados com Abrolhos, que possui uma rica fauna marinha, mas o Ministério do Meio Ambiente disse que a lama não chegará até a região.
De qualquer forma, a fauna e flora de toda a região atingida foi afetada e os danos causados ao ecossistema são incalculáveis. A SAMARCO reconheceu que há outras duas barragens com risco de rompimento e informou que ambas estão sendo monitoradas. Há sistemas de vigilância e alarmes em funcionamento.
Nós, não só da ISF Brazil in Action, mas TODOS os brasileiros, esperamos que os fatos sejam devidamente apurados e os culpados, punidos. Que as famílias atingidas possam retomar suas vidas e que os danos causados ao meio ambiente sejam avaliados e medidas de reparação sejam tomadas.
Para ajudar as famílias atingidas: http://g1.globo.com/minas-gerais/noticia/2015/11/saiba-como-ajudar-os-atingidos-por-rompimento-de-barragens-em-mariana.html
Você também pode se informar com os Bombeiros da sua cidade e ver se tem alguma ação para doação de água.
Para mais informações:
Imagem: Revista Exame.